sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Voto no Brasil - Sabemos votar?

O voto é, sem dúvida, uma das formas mais efetivas de exercício da cidadania. Mas nem sempre foi assim. Basta lembrar que a história do voto no Brasil teve início em 1532, mas que, no entanto, apenas votavam os “homens bons”, ou seja, aqueles que possuíam determinada linhagem familiar, renda, propriedade e participação militar. E o que dizer do voto feminino? Este só foi possível a partir do Código Eleitoral de 1932, 400 anos após o primeiro voto.

Com o amadurecimento do poder político e jurisdicional, além do aumento de interesse da sociedade pelas causas que lhes são afetas, o sistema eleitoral brasileiro sofreu e ainda sofre muitas mudanças no decorrer do tempo e de nossas Constituições. Tem-se hoje, a possibilidade de optar pelo que é melhor. As propostas dos candidatos são expostas para que os cidadãos tomem ciência. Há mecanismos para cobrar o que o eleito prometeu, existe um rol de crimes políticos que podem levar a perda do cargo, a quantidade de denúncias está aumentando e as corrupções sendo cada vez mais descobertas e punidas, exemplo plausível é a nova lei da “ficha limpa”.

Votar consciente significa não ser parasita o que só acontece quando se tem a responsabilidade de procurar conhecer sobre os candidatos, suas propostas e a possibilidade delas serem realmente efetivadas e não porque um político ou outro concedeu “um favor”. Desta forma é mais fácil falar em democracia, já que esta não quer dizer que será feita a vontade de todos, mas sim a da maioria.

Não podemos simplesmente falar que existem políticos corruptos quando nós mesmos os colocamos no poder ao votar neles porque nos ofereceram alguma vantagem. É necessário que reflitamos sobre nossa responsabilidade no momento da escolha, quando podemos realmente fazer a diferença e por na direção do País indivíduos que tenham realmente a capacidade intelectual e moral para gerir efetivamente uma nação, inclusive e principalmente um Estado como o Brasil de grandes dimensões, diferenças regionais, políticas, educacionais, econômicas e com um frágil histórico ético-moral.



Aline Ellen

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