terça-feira, 30 de novembro de 2010

Até a BBC está denunciando o sujeito!

Não sinto surpresa alguma quando, ao ler os blogs esportivos - principalmente o do cientista social Juca Kfouri - e ver minha caixa de emails, me deparo com acusações de desvios milionários de verbas por parte de Sua Excelência o senhor RICARDO TEIXEIRA, indivíduo mandatário da Confederação Brasileira de Futebol há mais de 20 (vinte) anos. Em todo esse tempo, a lista de casos negros nos quais tal homem se envolveu é capaz de servir como material literário ao estilo "Al Capone".

Desta vez, foi a imprensa internacional, por meio da bem conceituada rede de televisão BBC, quem noticiou fatos de suborno envolvendo o dirigente máximo da CBF e chefe do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014. 

É inegável o poder de fogo do Senhor Ricardo, eis que os aliados do mesmo na entidade máxima do futebol brasileiro chegam a acusar a emissora britânica de tentar sabotar o mundial tupiniquim por meio desta acusação. Pior ainda, as próprias CBF e FIFA recusam-se a se pronunciarem oficialmente a respeito do escândalo, ou seja, trata-se de uma conivência sórdida...

Segue a notícia veiculada pelo portal UOL ESPORTES:





29/11/2010 - 18h48

Imprensa inglesa acusa Ricardo Teixeira de receber propina de R$ 16 mi.


Alvo da imprensa europeia nos últimos dias, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foi acusado nesta segunda-feira de ter recebido propina de uma empresa de marketing esportivo entre 1989 e 1999. A denúncia foi veiculada pela BBC, maior rede pública de comunicação da Inglaterra.

Segundo o programa Panorama, Teixeira teria recebido US$ 9,5 milhões (aproximadamente R$ 16 milhões) da ISL, empresa que negociava os direitos de transmissão da Copa e faliu em 2001. O pagamento foi realizado em 21 vezes, por meio da empresa de 'fachada' Sanud.
A assessoria de imprensa da CBF afirmou que não irá se posicionar sobre as novas acusações. Informalmente, no entanto, pessoas próximas ao presidente apontam que as recentes denúncias seriam criadas pela "Inglaterra" (sem especificar quem) e que o interesse seria desestabilizar o trabalho do Brasil para a Copa do Mundo de 2014. O país europeu deseja sediar o Mundial de 2018.
Além de Teixeira, os nomes do presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Nicolas Leoz, e do presidente da Confederação Africana de Futebol, Issa Hayatou, também constam nas denúncias. Os supostos subornos fazem parte de documentos confidenciais que listam 175 pagamentos, e o valor total chega a US$ 100 milhões (cerca de R$ 170 milhões). Os dirigentes também aparecem em ilegalidades na revenda de ingressos da Copa.
Ainda nesta segunda, o jornal suíço Tages-Anzeiger publicou informações parecidas. O trio de cartolas estaria vinculado a uma lista secreta de pagamentos após a falência de uma empresa associada à Fifa, a ISL.
O programa Panorama explica ainda que tanto Ricardo Teixeira quanto a Fifa não quiseram se defender das acusações.
Nesta quinta-feira, a entidade que comanda o futebol no planeta divulgará quais países serão sedes das Copas de 2018 e 2022. Teixeira, Leoz e Hayatou fazem parte do Comitê Executivo, composto por 22 dirigentes e responsável por definir as sedes. Para 2018, a Inglaterra disputa com Rússia, Espanha/Portugal e Holanda/Bélgica o direito de receber o torneio.
Perfil do mandatário brasileiro

A BBC descreve Ricardo Teixeira como o presidente da CBF há mais de duas décadas e a pessoa que tem a palavra final sobre a contratação e demissão de treinadores da seleção brasileira. Além disso, informa que o cartola é o chefe do comitê organizador da Copa de 2014.

Os ingleses citam também a CPI de 2001, quando o Senado mostrou que os fundos oriundos da Sanud chegavam secretamente ao mandatário da CBF por meio de uma das empresas ligadas a ele.







Ulisses Reis - Redator.
Matéria formulada a partir de notícia extraída do site www.uol.com.br/esporte

Nenhum comentário:

Postar um comentário